Institucionalistas e Pós-keynesianos – ensaio sobre incerteza em uma economia capitalista financeira moderna

Autores

  • Octavio Augusto Camargo Conceição Professor do Programa de Pós-Graduação em Economia da UFRGS
  • Carlos Roberto Gabriani Professor do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Resumo

Na evolução das ideias propostas por Keynes sobre uma economia monetária de produção, há ainda um fecundo campo para o desenvolvimento das análises sobre o comportamento das economias capitalistas financeiramente modernas que emerge de mediações entre os approaches teóricos institucionalista e pós-keynesiano. Tais abordagens são capazes de propiciar explicações mais aquilatadas sobre a natureza eminentemente instável do atual estágio do sistema capitalista. O conceito de incerteza é central nesta aproximação teórica. Na vertente institucionalista ela decorre do processo natural de co-evolução das instituições econômicas e sociais e afeta as relações com os indivíduos (“processo de causação”). Nos pós-keynesianos, ela gera indefinições na tomada de decisões dos agentes econômicos, incapazes de prever o comportamento futuro da economia. Daí que, segundo Minsky, emana o imperativo de ações coordenadas de intervenções, tanto por parte do Estado quanto pela sociedade, com vistas a criar instituições, capazes de atenuar ou agravar o percurso da trajetória do sistema econômico.

Biografia do Autor

  • Octavio Augusto Camargo Conceição, Professor do Programa de Pós-Graduação em Economia da UFRGS
    Professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pesquisador do CNPQ.

Publicado

2019-02-05

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