Quem fica desempregado primeiro? Uma Análise de transição de 2002 a 2016

Autores

  • Roberta Teodoro Santos Universidade de Brasília
  • Sandro Eduardo Monsueto Universidade Federal de Goiás
  • Angelo Cruz do Nascimento Varella Universidade Federal de Goiás

Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar a transição do estado de emprego para o desemprego no mercado de trabalho brasileiro visando compreender que efeito a qualidade do posto de trabalho atual possui sobre a probabilidade de o trabalhador perder sua ocupação no período futuro. O modelo utilizado é um Heckprobit, cuja intenção é entender o quanto as características pessoais, socioeconômicas, capital humano e as características de ocupação podem influenciar na probabilidade dos trabalhadores transitarem para o desemprego. Tal exercício econométrico é realizado a partir de microdados da Pesquisa Mensal do Emprego dos anos de 2002 a 2016. Os resultados apontam que trabalhadores alocados em categorias mais altas têm menor probabilidade de perder seu posto de trabalho. Ademais, é observado que a escolha da categoria da ocupação tende a ser mais importante para as mulheres, ou seja, os efeitos de uma escolha inadequada hoje afeta negativamente a probabilidade de emprego futura.

Publicado

2022-04-01