Distribuição de renda e desigualdade: uma análise dos teóricos pioneiros do Desenvolvimento Econômico
DOI:
https://doi.org/10.1590/2d6tpw97Resumo
Este artigo avalia, sob um ponto de vista comparativo, o papel da desigualdade de renda para os autores pioneiros da Economia do Desenvolvimento – especificamente, para aqueles autores que tratam da estrutura dual e da heterogeneidade setorial como elemento constitutivo do subdesenvolvimento. Da concepção do processo de desenvolvimento econômico como inexorável de Lewis (1954), a desigualdade de renda é temporária e pode ser interpretada como elemento propulsor do crescimento. A passagem para o estado de desenvolvimento não é inevitável quando se abandona a hipótese -adotada em Lewis– de rendimentos constantes de escala. Para os teóricos Nurkse (1953) e Rosenstein-Rodan (1963), a desigualdade é prejudicial ao desenvolvimento à medida que interfere no “efeito transbordamento” de demanda, bloqueando o crescimento do mercado consumidor. Finalmente, para Furtado (1966, 1952), a concentração de renda condiciona a demanda e impede uma diversificação apropriada do consumo e, logo, dos investimentos e da estrutura de oferta.
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