Investimento estrangeiro direto da China no Brasil

Um estudo de setores selecionados

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Resumo

Após ter se tornado o principal parceiro comercial do Brasil em 2009, a China passou a exercer papel fundamental sobre a entrada de investimentos em setores estratégicos da economia brasileira. Durante os anos 2000 a 2022, o IED acumulado atingiu a marca de US$ 79 bilhões, com predominância em petróleo e gás (37%) e energia elétrica (33%). Diante desse quadro, o objetivo do artigo consistiu em entender a intensificação das relações de investimento sino-brasileiras, tomando por base as estratégias mais amplas de internacionalização do capital chinês. O estudo identificou uma maior concentração nos setores de energia, o que, por um lado, deriva não apenas da busca chinesa por tais recursos mundo afora, mas também de características do Brasil no período estudado e, por outro, implica formas distintas de participação do capital chinês no país, seja via fusões e aquisições no setor elétrico ou concessões de exploração de petróleo e gás.

Biografia do Autor

  • Roberto Alexandre Zanchetta Borghi , Universidade Estadual de Campinas

    Economista e Professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Doutor pela Universidade de Cambridge, Reino Unido. Mestre e Bacharel pela Universidade Estadual de Campinas, Brasil. Possui larga experiência nas áreas de Economia Internacional, Economia Industrial e Macroeconomia, com ênfase em Brasil e China, desenvolvimento econômico e inserção externa, estudos setoriais e análises de insumo-produto. Possui diversos artigos publicados em revistas especializadas nacionais e internacionais, além de capítulos de livros e artigos de opinião. Participa regularmente de conferências no Brasil e no exterior.

Publicado

2024-08-28

Edição

Seção

China: desafios de desenvolvimento, influência global e relações com América Latina e Brasil