Formação do Pensamento Brasileiro Moderno sobre a Inflação: da Segunda Guerra Mundial à Crise Cambial (1939 – 1947)

Autores

  • Patrick Fontaine IE-UFRJ e Unifeso

Resumo

Esse artigo analisa a evolução do pensamento brasileiro sobre a inflação num contexto em que a ciência econômica se formalizava no Brasil, em meio às turbulências provocadas pela eclosão da Segunda Guerra Mundial. De um lado, liberais, como Gudin e Carvalho, argumentavam ser o excesso de demanda, aquecida pelas encomendas das economias em esforço de guerra. Do outro, desenvolvimentistas, como Simonsen, Almeida e Menezes, viam com bons olhos a internalização de processos produtivos industriais, e argumentavam haver na economia brasileira enormes excedentes de mão de obra. O debate tem seu clímax na definição de uma estratégia para a crise do balanço de pagamentos deflagrada pelo esgotamento das reservas internacionais, em 1947. Nesta situação, houve uma convergência entre autores liberais e desenvolvimentistas, quando ambos apoiaram a restrição administrativa de importações, como forma de evitar a desvalorização do cruzeiro que, naquele contexto, seria um agravante do processo inflacionário.

Biografia do Autor

  • Patrick Fontaine, IE-UFRJ e Unifeso
    Graduado em Economia pela UFRJ, mestre pela Université Paris 13 e doutor pelo PPGE - UFRJ. Professor Assistente do Unifeso e Professor Substituto do IE - UFRJ

Publicado

2022-04-01