Formação do Pensamento Brasileiro Moderno sobre a Inflação: da Segunda Guerra Mundial à Crise Cambial (1939 – 1947)
Abstract
Esse artigo analisa a evolução do pensamento brasileiro sobre a inflação num contexto em que a ciência econômica se formalizava no Brasil, em meio às turbulências provocadas pela eclosão da Segunda Guerra Mundial. De um lado, liberais, como Gudin e Carvalho, argumentavam ser o excesso de demanda, aquecida pelas encomendas das economias em esforço de guerra. Do outro, desenvolvimentistas, como Simonsen, Almeida e Menezes, viam com bons olhos a internalização de processos produtivos industriais, e argumentavam haver na economia brasileira enormes excedentes de mão de obra. O debate tem seu clímax na definição de uma estratégia para a crise do balanço de pagamentos deflagrada pelo esgotamento das reservas internacionais, em 1947. Nesta situação, houve uma convergência entre autores liberais e desenvolvimentistas, quando ambos apoiaram a restrição administrativa de importações, como forma de evitar a desvalorização do cruzeiro que, naquele contexto, seria um agravante do processo inflacionário.Published
Issue
Section
License
Authors who publish in this journal agree to the following terms: Authors retain copyright and grant the journal the right of first publication, with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution License, which allows the sharing of the work with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal. Authors are authorized to enter into additional contracts separately for the non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (e.g., publish in an institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal. All content of the journal, except where identified, is licensed under a Creative Commons Attribution BY-NC License.