A Hipótese de Estagnação Secular nas teorias do crescimento econômico

um labirinto de inconsistências teóricas

Autores

  • Vivian Garrido Moreira Universidade Federal de Santa Catarina
  • Franklin Serrano Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumo

O objetivo dessas notas é mostrar, que tanto na versão de A.Hansen quanto na de L.Summers, a argumentação sobre o problema da estagnação secular se faz baseada em fundamentos teóricos questionáveis, na medida em que parecem não serem construídos de forma coerente nem com a abordagem neoclássica para a teoria do crescimento, nem com os modelos heterodoxos de crescimento liderado pela demanda. Partimos da crítica, recentemente apresentada por F.Petri, ao uso incoerente da função investimento neoclássica em situações de desemprego persistente. Mostramos que o debate atual  se conecta diretamente com o antigo debate sobre os dois problemas de consistência das teorias de crescimento a longo prazo levantados por H.Harrod . A análise nos permitirá entender melhor algumas questões do debate atual, como a polêmica Gordon-Summers sobre se as causas da recente tendência a estagnação nos países avançados deveriam ser atribuídas a fatores de oferta ou de demanda. 

Biografia do Autor

  • Vivian Garrido Moreira, Universidade Federal de Santa Catarina

    Pós-doutorando do departamento de economia da Universidade Federal de Santa Catarina. Doutora em Economia do Desenvolvimento pela USP. Mestre em economia pela UFRJ.

  • Franklin Serrano, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Professor Associado, Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE-UFRJ)

     

Publicado

2022-04-01