Capital de comércio de vendas
O trabalho de transporte de produtos e passageiros sob o jugo das plataformas digitais
Resumo
Resumo
O crescimento vertiginoso do emprego de entregadores e motoristas pelas plataformas digitais tem suscitado um número expressivo de artigos, focados principalmente nos aspectos relativos à precariedade dessas formas de emprego. Dá-se por certo que se trata de trabalho assalariado, visão essa que ecoa na jurisprudência que emerge dos dissídios entre entregadores acidentados ou desligados injustamente e plataformas. Pouco esforço teórico foi realizado para interpretar essa nova forma de capital. Este artigo propõe suprir essa lacuna teórica caracterizando os capitais baseados em plataformas digitais como capitais de comércio de vendas. Complementarmente a essa interpretação considera-se o trabalho dos entregadores e motoristas como formas da circulação simples de mercadorias incorporadas pelas plataformas no seu movimento de valorização do capital. Essa cisão entre dois circuitos de natureza oposta, o do capital e aquele da circulação simples, fornece uma base alternativa para a interpretação das características dessa nova forma de emprego.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos: Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial neste periódico. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico. Todo o conteúdo da revista, exceto onde identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons attribution-type BY-NC.