Evidências de desindustrialização setorial no Brasil: uma análise por modelos ARDL
Resumo
Este estudo analisa a desindustrialização no Brasil considerando os efeitos de curto e longo prazos de variáveis apontadas pela literatura como causas do processo sobre o desempenho exportador dos setores manufatureiros individuais conforme a intensidade tecnológica. Para tanto, são estimados modelos Autorregressivos de Defasagens Distribuídas (ARDL), com dados trimestrais de 2002 a 2021. As evidências indicam que a desindustrialização no Brasil não pode ser tratada como um fenômeno homogêneo, pois os setores manufatureiros individuais são afetados de forma distinta pelos preços das commodities, taxa de câmbio real, juros, abertura comercial e atividade doméstica. Todavia, vale ressaltar os efeitos negativos de curto e longo prazos da valorização dos preços das commodities sobre diversos setores, envolvendo de baixa a alta intensidade tecnológica. Esse resultado sugere o direcionamento de recursos produtivos para setores primários em prejuízo ao desenvolvimento industrial e, consequentemente, ao processo de crescimento econômico de longo prazo.
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