O PADRÃO DE DEMANDA POR MÃO DE OBRA NA LAVOURA PAULISTA E A QUESTÃO DO TRABALHADOR NACIONAL: NEM VADIO, NEM ESCASSO, NEM INSTÁVEL (1890-1915).

Autores/as

  • Cláudia Alessandra Tessari UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP)

Resumen

Este artigo analisa a relação entre o padrão de demanda por mão de obra na agricultura paulista entre 1890 e 1915 e as formas de engajamento do trabalhador na atividade produtiva defendendo a ideia de que estas últimas propiciavam a formação de estereótipos sobre o chamado trabalhador nacional, tais como os da sua escassez e sua instabilidade e ociosidade. Nas interpretações mais gerais sobre a formação econômica e social brasileira, um dado prepondera: a quase “exclusão” do brasileiro pobre do processo de produção, sendo elemento marginal e acessório na estrutura produtiva central brasileira e paulista. Mostramos que a demanda por trabalho era marcadamente sazonal e incerta gerando, com isso, necessidade de oferta elástica de trabalhadores temporários e explicando, em parte, a contradição de uma sociedade que tinha, segundo o discurso da época, ora falta de trabalhadores, ora abundância; ora trabalho, ora ociosidade.

Biografía del autor/a

  • Cláudia Alessandra Tessari, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP)
    Professora do curso de Ciências Econômicas da Escola Paulista de Política Economia e Negócios da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Publicado

2014-08-01

Número

Sección

Articles