Estrutura ocupacional e desigualdade socioeconômica: um estudo comparativo entre o Brasil e os Estados Unidos

Autores

  • Alexandre Gori Maia Instittuto de Economia Universidade Estadual de Campinas
  • Arthur Sakamoto Department of Sociology Texas A&M University

Resumo

Este trabalho analisa a contribuição da estrutura ocupacional como fonte de desigualdade no Brasil, fazendo um estudo comparativo com os Estados Unidos. Mudanças entre e dentro das estruturas ocupacionais são analisadas entre 1983 e 2011, verificando em que medida essas contribuíram para atenuar os níveis de desigualdade nos dois países. São consideradas diferenças de escolaridade, sexo, gênero e raça. Os resultados destacam: um nível substancialmente superior de desenvolvimento da estrutura ocupacional nos Estados Unidos, refletindo as diferenças socioeconômicas entre os países; (2) uma tênue convergência entre as estruturas dos dois países no período; (3) uma expressiva redução das diferenças de escolaridade, idade, gênero e raça na inserção ocupacional dos dois países, ou seja, redução da estratificação social. O trabalho conclui sobre a relevante contribuição analítica da estrutura ocupacional como fator explicativo da desigualdade socioeconômica de um país ao longo do tempo ou entre países em um específico período de tempo.

Biografia do Autor

  • Alexandre Gori Maia, Instittuto de Economia Universidade Estadual de Campinas
    Doutor em Economia Aplicada pelo IE/UNICAMP, pós-doutor em Estudos Latino-Americanos pela University of Texas at Austin e em Geografia pela Universidade de São Paulo. Professor do IE/UNICAMP.
  • Arthur Sakamoto, Department of Sociology Texas A&M University
    Professor at Texas A&M University

Publicado

2017-02-10

Edição

Seção

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