Crise bancária na zona do euro, soberania monetária e a crise dos títulos públicos nos PIIGS
Resumo
A instabilidade financeira na zona do euro, deflagrada em setembro de 2008, e a crise dos títulos soberanos dos PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha), a partir de 2010, revelam a capacidade disruptiva da articulação entre finanças liberalizadas e desregulamentadas, de um lado, e a rígida institucionalidade do euro, de outro. Embora essa institucionalidade tenha propiciado a expansão das economias mais fracas da eurozona no contexto de bonança, as rigidezes impostas pela institucionalidade do euro sobre as políticas econômicas nacionais se tornaram explícitas quando da reversão das expectativas. Neste sentido, o objetivo do artigo consiste em analisar a instabilidade financeira da Eurozona, com destaque à crise dos títulos soberanos dos PIIGS, a partir da abordagem minskiana. O artigo descreve as principais características do processo de fragilização da estrutura financeira dos PIIGS, assim como o comportamento do sistema financeiro da zona do Euro e o papel do Eurosistema na acomodação da crise. Sustenta-se que a crise financeira dos PIIGS pode ser compreendida a partir da abordagem minskiana e que as deficiências da institucionalidade do euro, particularmente no que diz respeito à perda de soberania monetária das economias nacionais, dificultaram a viabilização da estabilidade financeira nas economias da região mais afetadas pela crise.Arquivos adicionais
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