O “teto de vidro” nas organizações públicas: evidências para o Brasil

Autores

  • Daniela Verzola Vaz FACAMP

Resumo

No Brasil, as mulheres ainda são raras nos altos postos de comando das organizações. A percepção desta situação por parte dos dirigentes, no entanto, nem sempre é clara. No serviço público, em particular, a atitude menos discriminatória nas contratações — já que o acesso ao emprego público depende, via de regra, de aprovação prévia em concurso —, e a garantia de igualdade de tratamento a integrantes de uma mesma carreira conduzem à impressão de que o teto de vidro seja menos pronunciado. Este artigo reúne evidências de que, a despeito de seu modo de recrutamento por concurso, as carreiras do setor público brasileiro tampouco escapam ao teto de vidro. A distribuição desigual das mulheres nas distintas instâncias hierárquicas das organizações públicas se faz notar tanto em âmbito administrativo, quanto técnico. As práticas discriminatórias sozinhas não explicam o fenômeno, cujas raízes também devem ser buscadas nas intersecções entre vida doméstica e profissional.

Biografia do Autor

  • Daniela Verzola Vaz, FACAMP
    Bacharel, Mestre e Doutora em Economia pela UNICAMP.

Publicado

2013-12-01

Edição

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