Ciclos Econômicos e a Composição da Pobreza no Brasil: Uma Análise para as Décadas Recentes

Autores

  • Ricardo Agostini Martini ICC-IG/UNDP
  • Ana Maria Hermeto CEDEPLAR/UFMG
  • Frederico Gonzaga CEDEPLAR/UFMG

Resumo

O presente trabalho busca estudar e analisar o impacto dos ciclos macroeconômicos sobre a composição da pobreza na economia brasileira contemporânea (1987 – 2005). Mais especificamente, procura-se obter respostas para três questões: primeiro, quais são os grupos demográficos que mais sofrem as fases recessivas dos ciclos; segundo, se o crescimento econômico é suficiente para beneficiar todos os grupos mais associados à pobreza; terceiro, quais políticas macroeconômicas estão mais associadas à pobreza e a sua amenização. O trabalho utilizou uma interação de micro-dados da PNAD com dados macroeconômicos de fontes como o IPEA-DATA, o Banco Central do Brasil e a Secretaria do Tesouro Nacional. Utilizando regressões logísticas com bancos de dados empilhados, o trabalho encontrou dois resultados principais. Primeiro, as recessões, ou mesmo as desacelerações econômicas, são mais sofridas pelos grupos de menor escolaridade. Segundo, a política fiscal afeta mais intensamente a pobreza: por um lado, o superávit primário está associado a menores níveis de bem-estar da população; por outro lado, o gasto social da União pode ser utilizado para amenizar a pobreza durante as fases críticas dos ciclos.

Biografia do Autor

  • Ricardo Agostini Martini, ICC-IG/UNDP
    Bacharel em Ciencias Economicas pela UFRGS (2006), Mestre em Economia pelo CEDEPLAR-UFMG (2009). No momento, e economista do Banco Nacional do Desenvolvimento Economico e Social (BNDES).

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Publicado

2014-04-01

Edição

Seção

Articles