O Mito da Leniência Fiscal no Pensamento Econômico Desenvolvimentista

Autores/as

  • Marcelo Luiz Curado Universidade Federal do Paraná CNPQ
  • Virginia Laura Fernández Professora da Universidad Nacional de Rosario

Resumen

O objetivo deste artigo é analisar a “tese de leniência fiscal” do desenvolvimentismo apresentada, entre outros, por Franco (1996, 2004, 2005). De acordo com esta tese, “gerações de desenvolvimentistas” propuseram um modelo de desenvolvimento no qual os desequilíbrios fiscais não eram apenas aceitáveis, mas sim parte crucial do financiamento dos investimentos. O artigo analisa duas gerações de desenvolvimentistas: a original, a partir das contribuições acadêmicas de seus expoentes intelectuais, Roberto Simonsen, Roberto Campos e Celso Furtado, e a nova geração formada pelas contribuições do novo e do social desenvolvimentismos. A revisão da literatura permite concluir que não há suporte para a tese da leniência fiscal. Os desenvolvimentistas originais sugeriram outros mecanismos para financiar os investimentos, como por exemplo, empréstimos do exterior ou ainda a elevação dos tributos. Outro resultado é que a leniência fiscal não faz parte da agenda do novo e do social desenvolvimentismos, já que são comprometidas com o equilíbrio fiscal

Biografía del autor/a

  • Marcelo Luiz Curado, Universidade Federal do Paraná CNPQ
    Doutor em Política Econômica pela UNICAMP Professor Associado do Departamento de Economia da UFPR Bolsista produtividade em pesquisa pelo CNPQ
  • Virginia Laura Fernández, Professora da Universidad Nacional de Rosario
    Doutora em Desenvolvimento Econômico pela UFPR Pós-Doutoranda do Programa de Desenvolvimento Econômico da UFPR Professora da Universidad Nacional de Rosario

Publicado

2018-04-01

Número

Sección

Articles