Por que as empresas morrem? Efeitos do Simples Nacional e da conjuntura econômica na taxa de falência das micro e pequenas empresas brasileiras

Autores/as

Resumen

As micro e pequenas empresas (MPEs) são importantes para a economia brasileira, sendo responsáveis por parcelas significativas da produção e gerando externalidades positivas, desenvolvimento regional e desconcentração da renda. O problema é que apresentam alta mortalidade devido a fatores internos, setoriais e externos. Este estudo avaliou condicionantes externos, que são menos explorados pela literatura empírica nacional. O principal objetivo foi averiguar se o advento do Simples Nacional em 2006, ao aprofundar simplificações tributárias, afetou a taxa de falências das MPEs brasileiras. Ademais, foi avaliado se os possíveis efeitos macroeconômicos e da crise brasileira a partir de 2014 nas falências são heterogêneos conforme os portes das empresas. Para isso, foram realizadas estimações para séries temporais com dados mensais de 2005 a 2017. Os resultados sugerem que o Simples Nacional reduziu as falências das MPEs e que estas são mais sensíveis à conjuntura econômica médias e grandes empresas.

Biografía del autor/a

  • Luiz Gustavo Fernandes Sereno, IE-UNICAMP

    Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Uberlândia (2015) e mestrado em Economia pelo Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal de Uberlândia como pesquisador bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (2019). Atualmente é doutorando em Economia do Instituto de Economia da Universidade de Campinas. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Ecológica e Métodos Quantitativos Aplicados. Pesquisa principalmente sobre a interação entre Economia e a Mudança Climática, com ênfase na associação entre as atividades econômicas e as emissões de Gases de Efeito Estufa e na mensuração de impactos ambientais no sistema econômico.

  • Carlos Cesar Santejo Saiani, Instituto de Economia e Relações Internacionais, Universidade Federal de Uberlândia
    Professor Adjunto do Instituto de Economia da Universidade Federal de Uberlândia (IE/UFU). Doutor em Economia pela Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EESP/FGV). Possui graduação e mestrado em Economia pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FEARP/USP). Autor de capítulos de livros e artigos sobre Economia do Setor Público, Economia do Meio Ambiente e Avaliação de Políticas, com ênfase em serviços de saneamento básico. 
  • Cássio Garcia Ribeiro Soares da Silva, IERI-UFU

    Possui graduação em Economia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2001), mestrado em Política Científica e Tecnológica pela Universidade Estadual de Campinas (2005) e doutorado pelo mesmo programa e instituição (2009). É professor do Instituto de Economia e Relações Internacionais (IERI) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), onde atua na graduação e na pós-graduação em Economia. Sua agenda de pesquisa está centrada nas seguintes áreas: Política Industrial, Política de Ciência, Tecnologia e Inovação, Política de Compras Governamentais, estudos setoriais (petróleo, energia e aeronáutico) e Petrobras. Atualmente é pesquisador visitante do IPEA. O autor possui artigos (publicados e aceitos para publicação) em importantes revistas científicas, tais como: Technology Analysis & Strategic Management; Development Policy Review; Science, Technology and Society; América Latina Hoy; Revista Brasileira de Inovação; Estudos Internacionais e; Brazilian Keynesian Review.

Publicado

2022-12-07