A introdução de novos medicamentos no mercado farmacêutico brasileiro: exame em um cenário de precificação regulada

Autores/as

  • João Paulo Carvalho UNESP e ABEIN https://orcid.org/0000-0002-4864-0141
  • Lia Hasenclever Doutora em Engenharia de Produção (UFRJ). Docente da Universidade Cândido Mendes-Campos e Pesquisadora do GEI/UFRJ https://orcid.org/0000-0003-1384-6323
  • Rogério Gomes Doutor em Ciências Econômicas (UNICAMP). Docente do Programa de Pós-Graduação em Economia/UNESP e Coordenador do GEEIN/UNESP

DOI:

https://doi.org/10.1590/fwerdr82

Resumen

Busca-se identificar a influência da política de regulação de preços da CMED para medicamentos novos (novo, novo de referência, biológico novo) em contemplar os interesses das empresas, nacionais e transnacionais, e favorecer o consumidor. A metodologia contempla a criação de uma base de comparação entre os preços de fábrica e máximo ao consumidor, dos medicamentos novos da classe terapêutica L da classificação Anatomical Therapeutic Chemical, introduzidos no mercado entre abril de 2017 a agosto de 2020, confrontando-os com os preços praticados por farmácias, em janeiro 2021, retirados do Consulta Remédios. A análise demonstrou que: (i) os princípios novos, são majoritariamente introduzidos por transnacionais; (ii) os agentes do setor possuem grande margem para comercialização; (iii) a regulação é desrespeitada por parte dos varejistas; e (iv) tais políticas não fomentam as empresas a investirem em P&D no Brasil. Há a necessidade de revisão da política da CMED, por haver falhas no mercado.

Publicado

2025-09-17