Contribuições para a formação em Nutrição em Saúde Coletiva

um estudo qualitativo em Sergipe

Resumo

A formação do nutricionista tem sido pauta de estudos, objetivando entender como o processo de ensino tem atendido a necessidade da população, visto que o processo de formação de profissionais da saúde sofreu forte influência do modelo de formação centrado no corpo doente. Esse estudo teve como objetivo analisar a formação em Nutrição das Instituições de Ensino Superior (IES) do estado de Sergipe na perspectiva da atuação em Saúde Coletiva, por meio de método qualitativo. Foram convidados coordenadores, docentes e preceptores de estágio das seis instituições ativas com formação em Nutrição no estado de Sergipe. Foi utilizada a plataforma Google Forms com instrumento elaborado especificamente para fins desse estudo. Para a análise dos dados de caracterização da amostra, utilizou-se o SPSS versão 26 e análise de conteúdo para as informações subjetivas advindas das perguntas abertas. Participaram da pesquisa nove atores de cinco IES. A análise indicou que a baixa carga horária disponível para as disciplinas que envolvem a Saúde Coletiva é um desafio para a formação, assim como a falta de apoio institucional para o desenvolvimento das atividades extramuros. Observou-se que os discentes das IES privadas têm contato mais precoce com as disciplinas de Saúde Coletiva. A percepção dos participantes de que a formação em nutrição ainda é pautada no modelo biológico versou de “importante” à “reducionista”, comprovando a complexidade desse entendimento e a demanda de ações que consigam esclarecer melhor essa temática, sob pena de uma formação com visão reducionista e reflexão pouca crítica frente aos desafios contemporâneos.