Um campo universitário-urbano no nordeste brasileiro
o caso da UNILAB
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1414-40772023000100013Keywords:
Universidade, Juventudes, Educação superior, Urbano, InternacionalizaçãoAbstract
This paper initially presents and operates an analytical framework that allows us to critically analyze daily situations experienced in a university, not only formal or academic, stricto sensu situations. This framework is composed by the idea of the city-university field, social provisions, disturbances and problematic situations, the daily life and the experiences, the subfields and incumbents/insurgents. This analytical framework is constituted based on a public federal university, which has been deurbanized and internationalized and is located in small cities in the countryside of Northeastern Brazil. This university is deeply characterized by social diversity, including hundreds of students from African countries. Data was gathered, built, systematized and analyzed based on daily life immersion in the field, focusing on the impacts of implementation of the university in small cities, specially considering the challenges faced by students. Among the methodological resources used, it is important to point out the participant observation, documental analysis, questionnaires, statements and interviews. We conclude that the city-university field aggregates different agents, with subfields, incumbents/insurgents, cognitive schemes and shared meanings, as well as singular ways different agents deal with problematic situations. Besides, we evidence a conflictual centrality in the daily life dynamics, the presence of two cycles between 2011 and 2019 and the existence of persistent tensions between hegemonies and subalternities that are recreated. We understand, this, that this paper positively affects the studies and analyses on higher education and, more specifically, on universities in Brazil.
References
ALVAREZ, Sonia E. Construindo uma política Construindo uma política feminista translocal da tradução feminista translocal da tradução. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 17, n. 3, p. 743-753, set./dez. 2009.
ALVAREZ, Sonia E. Para além da sociedade civil: reflexões sobre o campo feminista. Cadernos Pagu, n. 43, p. 13-56, jan./jun. 2014.
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS DIRIGENTES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR (ANDIFES). V Pesquisa do Perfil Socioeconômico e Cultural dos Estudantes de Pós-Graduação das Universidades Federais. Brasília: ANDIFES, 2019. Disponível em: https://ufla.br/images/arquivos/2019/05-maio/pesquisa-socioecono mica2018. pdf. Acesso em: 16 ago. 2019.
BARROS, Deolindo Nunes. Cooperação educacional internacional Brasil/África: do programa estudantes-convênio de graduação (PEC-G) à Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Revista de Estudos Internacionais, v. 6, n. 2, p. 117-133, 2015.
BLUMER, Herbert. A natureza do interacionismo simbólico. In: MORTENSEN, Charles D. Teoria da comunicação: textos básicos. São Paulo: Mosaico, 1980. p. 119-137.
BOURDIEU, Pierre. As regras da arte: gênese e estrutura do campo literário. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas linguísticas. In: ORTIZ, Renato. (org.). A sociologia de Pierre Bourdieu. São Paulo: Olho d’Água, 2003. p. 149-184.
BOURDIEU, Pierre. Coisas ditas. São Paulo: Brasiliense, 2004.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. 10. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
BOURDIEU, Pierre. Razões práticas: sobre a teoria da ação. Campinas: Papirus, 1996.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Presidência da República, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ constituicao.htm. Acesso em: 17 jan. 2021.
BRAUDEL, Ferdinand. História e Ciências Sociais: a longa duração. Revista da História, v. 30, n. 16, p. 261-294, 1965.
CEFAÏ, Daniel. Como nos mobilizamos? A contribuição de uma abordagem pragmatista para a sociologia da ação coletiva. Dilemas: Revista de Estudos de Conflitos e Controle Social, v. 2, n. 4, p. 11-48, 2009.
CEFAÏ, Daniel. Públicos, problemas públicos, arenas públicas: o que nos ensina o pragmatismo (Parte 1). Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, v. 36, n. 1, p. 187-213, 2017a.
CEFAÏ, Daniel. Públicos, problemas públicos, arenas públicas: o que nos ensina o pragmatismo (Parte 2). Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, v. 36, n. 2, p. 129-124, 2017b.
DE CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1998.
ELIAS, Norbert. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2021.
GALA, Irene Vida. UNILAB: uma nova proposta de política externa para o Brasil na Educação Superior. In: LIMA, Manolita Correia et al. (org.). UNILAB 10 anos: gênese, desafios e conquistas. Blumenau: EdiFURB, 2021. p. 11-16.
GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas e sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
GRAMSCI, Antonio. Cadernos do cárcere. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
GUSMÃO, Neusa Maria Menezes de. Africanos no Brasil, Hoje: Imigrantes, Refugiados e Estudantes. Tomo, n. 21, p. 13-36, jul./dez. 2012.
HELENO, Maurício Gurjão Bezerra. O lugar da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) na política externa do governo Lula (2003-2010). O Público e o Privado, n. 23, p. 109-127, jan./jun. 2014.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Cidades: Fortaleza. Brasília: IBGE, 2019. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ce/ fortaleza/panorama. Acesso em: 15 jan. 2020.
KASTRUP, Virgínia; BARROS, Laura Pozzana de. (2015). Cartografar é acompanhar processos. In: PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana da (org.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina. 2015. p. 52-75.
LANGA, Ercílio Neves Brandão. Diáspora africana no Ceará no século XXI: ressignificações identitárias de estudantes imigrantes. Tese (Doutorado em Sociologia) – Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016.
LIMA, Manolita Correia et al. (org.). UNILAB 10 anos: gênese, desafios e conquistas. In: LIMA, Manolita Correia et al. (org.). UNILAB 10 anos: gênese, desafios e conquistas. Blumenau: EdiFURB, 2021. p. 19-44.
MACHADO, Eduardo Gomes. Desigualdades e segregações socioespaciais em Fortaleza, Brasil: uma análise a partir da Praia do Futuro. O Público e o Privado, UECE, v. 30, p. 179-208, 2017.
MACHADO, Eduardo Gomes. Lutas políticas, disposições e transações sociais em microcampos bancários. Revista Brasileira de Ciência Política, v. 17, p. 67-97, 2015.
MACHADO, Eduardo Gomes et al. Cartografar pequenas cidades no nordeste brasileiro: caminhos percorridos. Pixo, v. 3, n. 11, p. 146-165, 2019a.
MACHADO, Eduardo Gomes et al. Cidades, juventudes e conflitos urbanos: questões teórico-empíricas a partir de Redenção e Acarape. Estudos de Sociologia, Recife, v. 1, n. 25, p. 139-172, 2019b.
MACHADO, Eduardo Gomes et al. Urbanização e os desafios à política urbana em pequenas cidades: o caso de Redenção, Ceará, no contexto de implantação da UNILAB. Políticas Públicas & Cidades, v. 5, n. 1, p. 43-63, 2017.
MACHADO, Eduardo Gomes; GOMES, Peti Mama; SILVA, Regina Balbino. Mulheres africanas em um campo universitário urbano no Brasil. Tensões Mundiais, v. 17, p. 277-304, 2021.
MACHADO, Eduardo Gomes; LIMA, Erlanio; FURTADO, Osvaldo. Urbanização e os desafios à política urbana em pequenas cidades: o caso de Redenção, Ceará, no contexto de implantação da UNILAB. Políticas Públicas & Cidades, v. 5, p. 43-63, 2017.
MACHADO, Eduardo Gomes; SILVA, Regina Balbino da; FREITAS, Maria Valdelia Carlos Chagas de. Caminhadas, Nomes e Juventudes: Indiciando Hegemonias e Resistências em Pequenas Cidades no Nordeste do Brasil. Espaço Aberto, Rio de Janeiro, v. 10, n. 2, p. 147-165, 2020.
MALOMALO, Basilele I. Desafios de gestão multicultural numa universidade internacional: caso da UNILAB. Tensões Mundiais, Fortaleza, v. 14, n. 26, p. 75-100, 2018.
MBEMBE, Achille. Políticas de inimizade. Lisboa: Antígona, 2017.
MENEGHEL, Stela; AMARAL, Joana. Universidades internacionais na contracorrente. As propostas da UNILA e da UNILAB. Universidades, n. 67, p. 25-40, jan./mar. 2016.
MIGLIEVICH-RIBEIRO, Adélia; PRAZERES, Lilian L. G. A produção da subalternidade sob a ótica pós-colonial (e decolonial): algumas leituras. Temáticas, Campinas, v. 23, n. 45-46, p. 25-52, fev./dez. 2015.
MIGUEL, Luis Felipe. Consenso e conflito na teoria democrática: para além do “agonismo”. Lua Nova, São Paulo, n. 92, p. 13-43, maio/ago. 2014.
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES. Histórico do Programa: Introdução. Brasília: Divisão de Assuntos Educacionais (DCE), Programa de Estudantes-Convênio de Graduação, 2019. Disponível em: http://www.dce.mre.gov.br/PEC/G/historico/intro ducao.php. Acesso em: 10 jan. 2020.
NUNES, Jordão Horta. Frame e identidade coletiva: uma perspectiva interacionista de análise dos movimentos sociais. Contemporânea, v. 3, n. 1 p. 143-172, jan./jun. 2013.
ORTIZ, Renato. A sociologia de Pierre Bourdieu. São Paulo: Olho d’Água, 2003.
PAIS, José Machado. Nas rotas do cotidiano. Revista Crítica de Ciências Sociais, v. 37, p. 105-115, 1993.
PAIS, José Machado. Sociologia da vida quotidiana: teorias, métodos e estudos de caso. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2005.
PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana da (org.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2015.
PETERS, Gabriel Moura. Percursos na teoria das práticas sociais: Anthony Giddens e Pierre Bourdieu. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade de Brasília, Brasília, 2006.
RIBEIRO, Fabrício Américo. UNILA e UNILAB: uma abordagem sobre o processo de integração internacional do ensino superior a partir das universidades federais no Brasil. Geosaberes: Revista de Estudos Geoeducacionais, v. 6, n. 1, p. 63-71, jul./dez. 2015.
SEGATO, Rita Laura. Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico descolonial. E-Cadernos CES, v. 18, p. 106-131, 2012.
SILVA, Kelly; MORAIS, Sara Santos. Tendências e tensões de sociabilidade de estudantes dos PALOP em duas universidades brasileiras. Pro-Posições, Campinas, v. 23, n. 1 (67), p. 163-182, jan./abr. 2012.
SIMAS, Luiz Antonio. Epistemologia da Macumba de José Luiz Simas. Canal Escritos IBICT, 30 set. 2019. 1 Vídeo [59m06s]. Disponível em: https://www.youtube.com/watch? time_continue=52&v=ciQLWs7xVCw. Acesso em: 21 nov. 2019.
SPELLER, Paulo. UNILAB: educação e inovação para a cooperação solidária Sul-Sul. In: LIMA, Manolita Correia et al. (org.). UNILAB 10 anos: gênese, desafios e conquistas. Blumenau: EdiFURB, 2021. p. 47-59.
SUBUHANA, Carlos. Estudantes Moçambicanos no Rio de Janeiro, Brasil: sociabilidade e redes sociais. Imaginário, v. 13, n. 14, p. 321-355, 2007.
SUBUHANA, Carlos. Estudar no Brasil: imigração temporária de estudantes moçambicanos no Rio de Janeiro. Tese (Doutorado em Serviço Social) – Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005.
TIMBANE, Alexandre António. O lugar das línguas africanas e sua relação com a formação de identidades na UNILAB. Batuko: arte, cultura, africanidades e internacionalização, a. 1, v. 2, p. 33-37, nov. 2020.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA (UNILA). Institucional. 2020. Disponível em: https://portal.unila.edu.br/institucional. Acesso em: 15 jan. 2020.
UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO--BRASILEIRA (UNILAB). Graduação. Redenção: UNILAB, 2019. Disponível em: https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiNTkzZjY2MWQtNjMzNS00-MjkzLWI4YTAtOGJj Y2NmNjdmNzI1IiwidCI6IjkwMjlkZGNlLWFmMTItNDJiZS04MDM3LTU4MzEzZTRkYzVkM SJ9 . Acesso em: 30 abr. 2020.
UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO NACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA (UNILAB). Nosso diferencial. 2020. Disponível em: http://www.unilab.edu. br/nosso-diferencial-de-integracao-internacional/. Acesso em: 15 jan. 2020.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A remessa de originais implica a autorização para publicação e disponibilização on-line sem o pagamento de direitos atorais.
A reprodução de artigos publicados na Avaliação só é permitida com indicação da fonte. Utilização de material publicado para fins comerciais é proibida.