A taxa de conclusão de curso da graduação nas universidades federais antes e depois do REUNI

as vicissitudes da implementação da política

Abstract

Examina-se, neste artigo, o alcance da meta do Reuni de elevar a taxa de conclusão dos cursos de graduação presenciais para 90%, verificando os resultados alcançados nas regiões por meio dos parâmetros definidos pelos formuladores da política. Analisam-se os resultados da implementação, entendida como a fase da política em que são efetivadas as ações definidas na formulação, comparando os fins estipulados com os alcançados. Para isso, foram feitas buscas em documentos instituidores e regulamentadores do Programa, relatórios de acompanhamento e dos Censos de Educação Superior de 2008 a 2012. Os resultados mostram que, antes do Reuni, a TCG, em 57,2% das IFEs, era de 67 a 90% e, no final, em 58,5% das instituições, de 44 a 67%, havendo mais unidades próximas dessa última taxa do que no início. O indicador foi menor em todo o país, sendo maior a redução na região Norte que não apenas teve TCG menor 17,3% no final em relação ao início, como registrou apenas 5 TCG igual ou superior a 90% durante a implementação, enquanto na Sudeste foram 13. Nesta, observou-se o melhor resultado em 2012 – TCG de 108,5%, na Universidade Federal de Alfenas, naquela, o pior, 36%, da Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA. Essas instituições tinham, em 2007, respectivamente, TCG 102,5% e 64,7%. Portanto, uma já apresentava os resultados desejados, a outra distava 25,3 pp. As diferenças, contudo, não foram consideradas pelos formuladores da política quando traçaram a meta, evidenciando que o não alcance desta pela grande maioria, mais indica problemas na formulação do que na implementação.