O perfil do avaliador no Sistema Arcu-Sul

Resumo

Este artigo delineia e discute o perfil esperado dos profissionais que avaliam os cursos de graduação no sistema internacional de acreditação do Mercosul e estados associados, o Arcu-Sul. A partir (1) de definições da literatura especializada, (2) dos princípios estabelecidos pelas Agências Nacionais de Acreditação da Região do Mercosul, (3) da experiência específica do Inep na constituição do seu Banco de Avaliadores do Sistema (Basis) e (4) de entrevistas realizadas com participantes deste processo de avaliação internacional para acreditação de cursos, infere-se que o perfil desejado para os avaliadores no âmbito da cooperação avaliativa do Mercosul deve ir além da exigência de notório saber e de experiência na área dos cursos avaliados. Do avaliador do Arcu-Sul, por estar inserido em um processo de avaliação internacional, de natureza cooperativa e solidária, de construção de confiança mútua entre os países e agentes envolvidos, espera-se, além dessas, um rol significativo de outras qualidades, entre elas, familiaridade com os processos avaliativos para fins de acreditação e reconhecimento mútuo, capacidade de adaptação a contextos diversos, boa comunicação nas línguas oficiais do Mercosul, superação de eventuais preconceitos e juízos pré-concebidos e nacionalmente orientados, compromisso inarredável com a agenda de trabalho definida pelas agências acreditadoras, plena consciência das eventuais dificuldades de logística, viagem, hospedagem e hábitos alimentares distintos no país dos cursos sob avaliação, experiência de gestão acadêmica, capacidade para realizar trabalho em equipe, comportamento ético, compromisso com a busca da qualidade, entre muitas outras virtudes.